Tenho que pensar nisso? - Orson Peter Carrara

Muitas vezes ela chega sem avisar. Um infarto, um acidente fatal, sempre inesperado, ou através de uma enfermidade surpresa que, em poucos dias, transforma-se na angústia da família.

Sim, é preciso pensar no assunto. A morte é a única certeza da vida. Ela virá, mais cedo ou mais tarde, em circunstâncias desiguais ou parecidas, mas convidará a todos a um profundo exame de consciência. E quando ela chega, não há o que fazer. É enfrentar a realidade, considerada trágica e injusta.

Ponderemos, entretanto, que sendo algo comum a vida de todos os seres vivos no planeta, é de se concluir que se trata de algo natural. Sendo natural, não há o que temer.

Na verdade, devemos temer sim o auto-exame de consciência que sempre nos apontará os próprios equívocos, sempre acompanhados do arrependimento e do remorso, estes sim motivo de autêntica infelicidade interior. Para os que ficam, o mesmo exame de consciência no relacionamento com aquele que partiu, mostra a seriedade e a importância da fenômeno que, no fundo, é apenas um acontecimento biológico natural, independente da causa que o tornou realidade.

Devemos, pois, pensar no assunto, para nos prepararmos para tal enfrentamento. Para quem parte, ter informações de como será a vida nova que encontrará. As condições e o que será necessário levar ??!! Levar? Sim, pois que levamos conosco as conquistas intelectuais e morais. Aí já está um indicativo de como pensar no assunto. Para quem fica, pensar em como enfrentar e viver a realidade da separação de seres queridos.

O tema é antigo e os próprios estagiários da vida além túmulo é que trazem os depoimentos de como é a vida após a morte, suas condições, conseqüências advindas da vida no planeta e planejamentos para o futuro. E isso sem esquecer os laços de relacionamento com os seres amados que deixou na existência humana, sempre saudosos...

A literatura mediúnica, espírita ou não, é pródiga em informações. Muitas delas podem ser comprovadas, outras se transformaram em temática para filmes, peças teatrais e novelas e o fato final é que o assunto provoca muita curiosidade e também é alvo de pesquisas sérias no âmbito da ciência.

Mas o tema não é só científico, é religioso também. Todas as religiões admitem a sobrevivência e o Espiritismo desmembrou e estuda-o continuamente, inclusive com experiências práticas. Jesus, o Mestre da Humanidade, em seus ensinos, deixou claro que seu reino não era deste mundo, indicando que haveria outro. E retornou aos discípulos para mostrar que seus ensinos não foram em vão.

Na literatura espírita, especificamente, destaca-se o livro O Céu e o Inferno, onde seu autor, o Codificador do Espiritismo, Allan Kardec, reuniu depoimentos de diversos espíritos que se manifestaram relatando a situação em que se encontravam e muitas vezes mostrando a causa dessa situação. Ë uma boa dica para estudar e compreender o importante tema.

O mais contundente, porém, é raciocinarmos que não tem lógica viver para depois tudo se acabar. A boa lógica indica que tudo continua. Como? De que forma? Onde? Eis perguntas que os próprios habitantes do mundo espiritual hoje respondem pela mediunidade, relatando as próprias experiências em livros notáveis.

Conheça com profundidade e perca o medo da morte. A vida é muito mais que a morte!