Necessário agir sobre a alma
por Orson Peter Carrara
É
sobre a alma, é pelo sentimento, que é necessário agir, para educar,
sensibilizar, motivar. Isso ocorre com a educação das crianças, no
relacionamento afetivo entre amigos ou entre cônjuges e mesmo no atendimento a
espíritos desencarnados em dificuldades.
Claro,
o uso da psicologia nos relacionamentos, onde se inclui a caridade do gesto, da
palavra e do comportamento, é essencial para o êxito e paz na convivência.
Valorizar o semelhante, respeitar as diferenças – inclusive de crenças – e agir
com bondade são caminhos para construção da felicidade na convivência familiar
e social.
Tais
reflexões surgem quando encontramos em O
Céu e o Inferno – 4ª. obra da Codificação Espírita, exatamente no final do
capítulo IV – Espíritos Sofredores,
na Segunda Parte, a orientação do Espírito São Luiz, um dos mentores da obra de
Kardec. Permito-me transcrever o trecho em destaque:
“(...) no encarnado, como no desencarnado, é sobre a
alma, é pelo sentimento que é necessário agir. Toda ação material pode
suspender momentaneamente os sofrimentos do homem vicioso, mas não pode
destruir o princípio mórbido que está na alma; todo ato que não tende ao
melhoramento da alma não pode desviá-la do mal.”
Notem
a preciosidade do texto, esquecido ou desconhecido no final do citado capítulo.
Sua abrangência envolve várias questões, entre outras que seu estudo
vislumbrará:
a) Na questão AÇÃO MATERIAL podemos enquadrar as
providências com frieza, as manipulações e pressões, a violência em geral, que
claro, pode suspender algumas iniciativas viciosas, mas não resolvem o
problema, apenas adiam...
b) Na questão DESVIO DO MAL, vêm à memória fatos e
fatos da história cujos desdobramentos foram desastrosos, justamente foram
tentativas que não atenderam ao melhoramento moral.
c) A orientação de São Luiz atende a educação dos
filhos, o atendimento de espíritos em dificuldade nas reuniões mediúnicas e os
caminhos muitos vezes tensos dos relacionamentos.
O
mais interessante, ainda, é que mesmo as leis humanas, nem sempre justas, e que
muitas vezes usam a violência – como no caso da pena de morte, entre outros
exemplos que podem ser elencados –, ou marginalizam e ferem a dignidade humana
– como nos casos de nossas penitenciárias brasileiras –, enquadram-se na
necessidade apontada pelo nobre Espírito.
Não há outro meio, nem outro caminho,
senão o amor apresentado pelo Evangelho.
Não temos o direito de condenar ou
julgar, pois falta-nos competência e autoridade para tanto, pois que igualmente
necessitados de indulgência.
O mesmo raciocínio aplica-se às reuniões
mediúnicas, onde também a imposição ou a acusação são absolutamente incoerentes
com a boa prática do amor.
Expanda-se tudo isso às ocorrências
recentes com Bin Laden e os Estados Unidos... Estamos mesmo, na Humanidade,
muito necessitados de aprender a amar.
E que falta faz o conhecimento espírita.
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