Sabe onde estamos nos perdendo?
É comum surgirem crises
nas instituições humanas. Somos seres falíveis, com inúmeras limitações e
dificuldades, e nossas falhas pessoais refletem-se diretamente nas atividades a que nos
dedicamos ou nas instituições a que nos vinculamos, seja na condição de funcionário,
voluntário, diretor ou mero colaborador.
Estas crises podem receber
vários títulos: desorganização, desencontro, melindres, desentendimentos, agressões,
separações, divisões, disputas, intrigas, "fofocas de bastidores", abandonos,
brigas, inimizades, calúnias, desastres financeiros e administrativos, entre tantos
outros adjetivos que poderíamos colocar.
E as instituições
espíritas, compostas por seres humanos igualmente falíveis que todos somos, não estão
livres desses pesadelos que colocam a perder grandes investimentos de pioneiros, no
passado, como de dedicados trabalhadores do presente. Isso nos dois planos da vida e não
exclusivamente do ponto de vista material, mas especialmente na valorização da
condição humana nas diversas áreas que se queira relacionar.
Muitas dessas crises são
oportunidades de crescimento; outras poderiam ser evitadas e muitas – a maioria delas
– simplesmente surgem porque ainda nos deixamos perder por bagatelas do
relacionamento. Porém, sabe-se de onde se originam?
É simples. Muitas crises
são construídas paulatinamente pela nossa invigilância, quando:
- Consideramo-nos indispensáveis;
- Tornamo-nos centralizadores e deixamos de preparar sucessores ou continuadores;
- Desejamos impor pontos de vistas, considerando que somente nós sabemos;
- Tornamo-nos indiferentes aos sentimentos das pessoas;
- Desejamos fazer como achamos que deve ser feito, desconsiderando posições alheias;
- Desejamos abraçar todas as tarefas, concentrando-as em nossa incomparável capacidade e experiência;
- Tomamos para nós o título de enviado, missionário, porta-voz da espiritualidade ou aquele trabalhador sempre consciente e infalível;
- Tornamo-nos fiscalizadores da conduta alheia;
- Deixamo-nos levar pela crítica contumaz aos esforços alheios...
- Quando levamos para o lado pessoal...
- Quando consideramos as outras pessoas incapazes de levar adiante qualquer tarefa e as marginalizamos pelo ponto de vista de nossa opinião pessoal.
Será preciso continuar
com tão nefasta relação? Não, são as circunstâncias humanas, não é mesmo?
Infelizmente. Mas é daí que surgem as crises, que nem sempre são construtivas. Nossos
pensamentos infelizes, nossa língua inoportuna, nossos gestos e posturas destroem
iniciativas e "matam" ambientes, relacionamentos e instituições.
Pessimismo? Exagero? Penso
que não.
Estamos nos deixando
perder por bagatelas... Voltemo-nos para a finalidade principal de nossa amada e grandiosa
Doutrina Espírita: o aprimoramento moral de nós mesmos.
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