Do conhecer e comprometer-se
por Orson Peter Carrara
São
exemplares os comportamentos daqueles que absorveram o conhecimento da proposta
trazida pela Doutrina Espírita. Conheceram e se comprometeram. Foi o que
aconteceu com Chico Xavier em toda sua conhecida trajetória de sacrifícios,
humildade e perfeita conexão com o que conhecia.
O
mesmo pode ser dito de Yvonne do Amaral Pereira e Cairbar Schutel, por exemplo,
sem deixarmos de lembrar Bezerra, Eurípides, Batuíra, entre tantos outros que
podem ser citados, inclusive aqueles que não se tornaram tão conhecidos. E se
sairmos do ambiente espírita, amplia-se igualmente o número daqueles que
entenderam a finalidade de viver, mesmo que sem o conhecimento espírita.
Situamo-nos,
todavia, na rápida abordagem, no comprometimento de Yvonne e Cairbar. O
primeiro, antes mesmo de conhecer o Espiritismo, já dava exemplos de perfeita
conexão com os interesses da coletividade, envolvendo-se com várias iniciativas
que beneficiassem os necessitados de toda ordem. Mais tarde, quando conheceu o
Espiritismo, transformou sua vida num total comprometimento com a proposta do
Espiritismo, merecendo o cognome de Bandeirante
do Espiritismo, por todas as suas ações já conhecidas.
Yvonne,
de vida sofrida, médium de muitas possibilidades e espírita de infância,
materializou em ações concretas o que sabia, transformando-se em socorro vivo a
muitas criaturas que lhe buscavam ou lhe escreviam, tornando-se referência
doutrinária, especialmente no campo da mediunidade. Suas obras fazem compreender
com perfeição o entendimento dos fundamentos espíritas.
Ambos
escreveram muitos livros, foram contemporâneos, influenciaram varais
gerações de espíritas e principalmente
viveram o Espiritismo, assim como Chico, cujo perfil de trabalho era outro, mas
igualmente comprometido com a tarefa que abraçou.
Os
exemplos e a conduta desses nomes devem nos inspirar a vida e as ações. O que
temos feito com o conhecimento que já acumulamos? Ainda somos apenas teóricos
ou já conseguimos transformá-los em ações, ainda que pequenas? De que forma
transformar o conhecimento em ações concretas, senão comprometendo-se com o que
já sabemos?
Quando
nos lembramos do esforço de Jerônimo Mendonça, o conhecido Gigante Deitado, somos uma vez mais convidados a esse contínuo esforço
de melhora e comprometimento. Meditemos mais a respeito. Lembremo-nos desses
gigantes do caráter, gigantes da decisão, gigantes do desprendimento e do
comprometimento. Seus exemplos de vida nos nortearão os passos ainda
vacilantes.
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