Dia 11 de dezembro
por Orson Peter Carrara
Uma
das curiosidades práticas facilitadas pela Internet é buscar eventos históricos
ou comemorativos em cada dia do ano, ampliando-se com informações de
nascimentos, falecimentos de personalidades conhecidas, fatos da história e
mesmo alguns eventos relacionados com a data em pesquisa. Sugiro ao leitor
colocar uma data escolhida nos portais de pesquisa para deparar-se com vasta
informação.
O
dia 11 dezembro, por exemplo, é o dia de nascimento da conhecida atriz
Elisângela e também de falecimento do ator Carlos Zara; também é o Dia do
Tango, na Argentina. No mesmo dia, em 1792, é iniciado o julgamento do rei deposto da França, Luis XVI, que é
condenado por alta traição e guilhotinado; mas também é o dia da assinatura do
Protocolo de Quioto (1997) e do Plebiscito sobre a divisão do estado do Pará
(2011), que não foi aprovada. Mas não é só, pois são muitos os fatos que podem
ser pesquisados pelo leitor, como em qualquer outra data. Mas a motivação
principal da abordagem está mesmo num fato muito significativo também
comemorado no dia 11 de dezembro, entre outros. Trata-se do Dia Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais
(APAEs).
Pela máxima
importância desse órgão, de expressão nacional e reconhecidamente uma
instituição com bases não só na área da saúde, mas com alta feição social e
cristã – pelo dever moral que cabe à sociedade junto às dificuldades humanas –
destaca-se pelo pioneirismo. Historicamente, é órgão nascido no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1954, por
ocasião da chegada ao Brasil de Beatrice Bemis, procedente dos Estados Unidos,
membro do corpo diplomático norte-americano e mãe de uma portadora de Síndrome
de Down. Motivados por aquela cidadã, um grupo, congregando pais, amigos,
professores e médicos de excepcionais, fundou a primeira Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais do Brasil.
A primeira reunião
do Conselho Deliberativo ocorreu em março de 1955 na sede da Sociedade
Pestalozzi do Brasil. Esta colocou a disposição, parte de um prédio, para que
instalassem uma escola para crianças excepcionais, conforme desejo do professor
La Fayette Cortes. De 1954 a 1962, surgiram outras APAEs. Pela primeira vez no
Brasil discutia-se a questão da pessoa portadora de deficiência com um grupo de
famílias que trazia para o movimento suas experiências como pais de deficientes
e, em alguns casos, também como técnicos na área.
Para uma melhor
articulação de suas ideias, sentiram a necessidade de criar um organismo
nacional. Criou-se então a Federação Nacional das APAEs. Em 1964 o Presidente
Castelo Branco apoiou a iniciativa para a aquisição de um prédio. Com a
aquisição da sede própria a Federação foi transferida para Brasília. Adotou-se
como símbolo a figura de uma flor ladeada por duas mãos em perfil, uma em
posição de amparo e a outra de proteção. A Federação, a exemplo de uma APAE, se
caracteriza por ser uma sociedade civil, filantrópica, de caráter cultural,
assistencial e educacional com duração indeterminada, congregando como filiadas
as APAEs e outras entidades congêneres, tendo sede e fórum em Brasília.
Com
a presente síntese histórica, extraída por conhecido portal wikipédia.org
homenageamos a importante instituição que se distribui por todo Brasil, com sua
excelência de serviços, experiências e desdobramentos que se acumulam ao longo
do tempo. O próprio progresso da mentalidade humana alterou a expressão
excepcional para especial, o que denota o respeito às diferenças, sem
discriminar.
Sua
feição cristã, de amor ao semelhante – sem se importar com sua condição – e de
alto cunho sócio-educativo, mas também cultural e assistencial, é digna do
maior respeito, consideração e gratidão pela sociedade brasileira. Fica nosso
registro e cumprimentos aos profissionais que atuam nos serviços prestados e às
abnegadas diretorias que se destacam pela dedicação e desprendimento em tais
ações.

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