Prejuízos da dureza de coração num filme
por Orson Peter Carrara

Orgulho,
falta de flexibilidade e dureza de coração podem ser tão perniciosos quanto um
crime. No drama vivido pelos atores Jennifer Connely, Frances Fisher e Ben
Kingsley, encontramos a seguinte sinopse: Ben Kingsley é Massoud Amir Behrani,
um imigrante iraniano que depois de casar a sua filha, decide aplicar o resto
das suas finanças na aquisição de uma casa na Califórnia. A casa de Massoud
decide comprar pertence a Kathy Nicolo (Jennifer Connely) e representa quase
tudo para si, já que herdada do esforço do pai. A casa é posta à venda graças a
um erro burocrático e a proprietária não o consegue impedir, um erro que
originará um confronto entre as duas partes e que os levará até às últimas
consequências.
Na
sequencia da trama os fatos se transformam gradativamente em tragédia na vida
de cada personagem, em lances de suspense e surpresas, mas todos marcados pelo
comportamento arredio, de teimosia, de orgulho e especialmente originados da
dureza de coração. Muitos fatos ali vividos poderiam ser evitados não fossem a
presença da ganância e do exacerbado orgulho e que resultaram numa tragédia de
largas proporções para todos os personagens, como notará o leitor que buscar o
filme na locadora e o ver em casa ou mesmo buscá-lo na internet. Um belo filme!
Faz pensar sobre nossas posturas arraigadas, apegadas, egoístas e especialmente
rudes. Para que?
Tudo
poderia ser diferente não fosse o comportamento turrão. O mais interessante de
tudo, sem querer contar o filme, é que o detonador de toda a situação – o
marido que abandonou a esposa e a levou ao esquema de vida destroçado – não
aparece uma única vez, é apenas citado.
E
muitas vezes é assim também na vida real. Um gesto, um comportamento, uma
decisão tem desdobramentos que não podemos imaginar.
Esse
“jogo de cintura”, essa flexibilidade nos relacionamentos é muito salutar para
a paz social, para o entendimento, mesmo nas mais complexas questões. O chamado
bater o pé, a teimosia declarada, a rebeldia que agride, o “não dar o braço a
torcer”, o “não voltar atrás” podem ter desdobramentos lamentáveis que nos
trará intenso arrependimento depois.
Ceder
em muitos casos pode ser a mais sábia das decisões. Não é o ceder por ceder,
mas é o ceder refletido, verificando a imaturidade do outro e pensando nas
consequências de um comportamento turrão. Saber esperar, esforçar-se por
compreender o outro lado, pensar dez vezes antes de agir, não precipitar-se,
pode parecer covardia aos olhos dos outros, mas pode significar expressivo
investimento para a própria paz de espírito, para a consciência tranquila no
futuro. Basta pensar que um segundo de raiva e não controle das emoções em
desequilíbrio pode custar décadas de sofrimento e angústias.
Melhor,
pois, sermos mais acessíveis, mais flexíveis.
Veja
o filme, leitor. Você vai gostar e como eu, vai pensar duas vezes...
Afinal,
a teimosia ou a pretensão de sempre ter razão pode desdobrar-se em muitas
aflições que tranquilamente poderiam ser evitadas. Convenhamos que nem sempre
temos razão. A humildade nos pede esse olhar para nós mesmos para verificarmos
até que ponto nosso arraigado ponto de vista não é motivo de sofrimento para
outras pessoas.
emocionante ...obrigada pela dica...
ResponderExcluirpermita-me indicar um filme a você !! é um dos filmes mais lindos que já vi, uma historia real. emocionante , um filme para ver com toda a familia.
ResponderExcluiraqui está o link do filme completo.
espero que goste...
muita luz
http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4