Segredo revelado
por Orson Peter Carrara
Todo
mundo quer a felicidade. Todos desejamos nos sentir bem, sermos respeitados,
alcançar estágios de convivência harmoniosa, de êxito nas ações e desfrutar de
saúde ao lado de pessoas que amamos e igualmente sermos amados, compreendidos.
Isso inclui conquistas valorizadas de acordo com o foco com que se enxerga a
experiência de viver.
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Muitos
de nós valorizam o dinheiro onde se incluem o conforto, as viagens e tudo mais
que o dinheiro pode adquirir; outros desejam o poder e muitos valorizam o
sucesso que possam alcançar. Muitos de nós se esquecem da felicidade contida na
saúde e na convivência familiar, só percebida depois que perdemos esses valores
reais da felicidade humana.
Existe
ainda a felicidade ilusória e frágil das conquistas efetuadas sob prejuízo
alheio, geradora de aflições em futuro breve ou remoto. Ela, a felicidade,
contudo, está mais na ventura interior que nas conquistas exteriores. O acúmulo
de bens ou de destaques não é sinônimo de felicidade. Ela, é antes uma
conquista interior. De paz de consciência, por exemplo, que é a única
felicidade real que realmente se pode desfrutar.
Sim,
pois, na verdade, a felicidade não se conquista. Ela é simplesmente a
consequência da felicidade que proporcionarmos ao nosso semelhante. Dentro ou
fora de casa, não importando raça, cor, sexo, idade, nacionalidade, estado
civil ou status social, profissão ou grau de escolaridade.
A
sensação que se colhe imediatamente após um gentileza, um favor autêntico sem
fingimento, um ato de solidariedade ou uma alegria levada a uma criança, uma
família, uma pessoa em dificuldade, é a autêntica felicidade.
E
o contrário, ou seja, a infelicidade, é a consequência imediata ou remota da
dor que impingirmos ao próximo, gerando aflições expressivas no futuro. Pode
ser uma traição, uma calúnia, um desprezo ou atos mais graves e até mesmo
gestos considerados insignificantes como nossa negligência, o desrespeito a
horários e compromissos, nossos atrasos e hábitos viciosos que se espalham no
comportamento humano.
Conhecida
frase afirma que a felicidade não é um lugar a ser alcançado, mas a forma de
viajar. Ou seja, a forma de viver é que faz a felicidade. Nossos comportamentos
teimosos, rebeldes, omissos ou indiferentes, agressivos e temperamentais produz
aflições ao redor e em si mesmo. É uma forma equivocada de viajar, ou seja, de
viver.
Já
o “jogo de cintura”, a flexibilidade, a observação atenta de deixarmos a vida
fluir em abundância, respeitando pessoas, instituições, horários e regras,
produz a sensação de paz e felicidade que se espera alcançar.
Em
síntese, a verdadeira felicidade é desejar e alegrar-se com a felicidade do
próximo. Será que já alcançamos esse estado de virtude? Ou ainda nos enciumamos
e invejamos a felicidade alheia?
Enquanto
estivermos assim, não teremos felicidade. Estaremos perturbados pela ambição,
pela inveja, pelo ciúme. Fazer, pois, a felicidade alheia – dentro e fora de
casa – e alegrar-se com ela, eis o segredo revelado da felicidade!
Sentir
alegria é estar de bem com a vida! Para isso, promovamos desde já a demissão do
egoísmo, da vaidade, do orgulho, do ciúme, da arrogância. Sejamos daqueles que
preferem a alegria de viver, instrumento saudável de conexão com a felicidade.
Afinal a alegria de viver não agride; ela respeita horários, pessoas e
instituições, diferenças e está sempre pronta para promover essa felicidade em
torno de si, o que lhe resultará como consequência imediata a própria
felicidade!
Tudo
muito lógico, não é mesmo? Por que perdemos tanto tempo com comportamentos
absolutamente dispensáveis e mesquinhos?

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