Patente realidade
Orson Peter Carrara
Reconheçamos com lealdade a
nobreza dos princípios morais apresentados por Jesus de Nazaré à humanidade,
fazendo-se portador da mensagem viva do Evangelho. Seus ensinos e orientações
significam lúcida orientação de vida para que nos libertemos das ilusões
mundanas e das graves quedas nos precipícios de nossas imperfeições morais.
Luz do mundo e modelo exato para
a felicidade real da moralidade, sua presença e grandeza significam – além de
conforto moral próprio – roteiro de alegrias e perene felicidade diante dos
desafios da vida humana e complexos desafios evolutivos.
Sua bondade, por outro lado,
expressa em autêntico amor aos irmãos menores que somos todos nós, indica o
compromisso assumido de nos conduzir, chegando ao extremo de entregar-se ao
sacrifício para nos ensinar o amor e o perdão, em gesto aparentemente mínimo
que se transformou em roteiro celeste para a renúncia e a humildade que nos
liberta de vícios e constrói o real caminho da felicidade moral que podemos
alcançar.
Construtor do planeta, modelo e
guia para a humanidade, Jesus foi capaz de dividir a história em antes e depois
dele. Não é Deus, mas um irmão mais velho, criado antes e já habitante do
estágio de perfeição – ainda que relativa diante de Deus –, sua experiência e
maturidade constituem a única opção para uma vida melhor.
Seus ensinos, por meio das
parábolas e bem-aventuranças e mesmo nas curas efetuadas – normais para o
conhecimento que detêm e não milagres – ou nas orientações aos discípulos, apóstolos
e seguidores, significam sabedoria proveniente da experiência e maturidade
acumulada, mas sem dispensar bondade e imenso amor capaz de contagiar
intensamente todos aqueles que se deixam tocar pela energia que fluem de suas
palavras, de sua presença pessoal ou de sua autoridade moral inquestionável.
Neste Natal, esse ar diferente,
esse clima de entusiasmo – apesar dos apelos comerciais próprios da época – são
resultantes da presença marcante de Jesus em favor da Humanidade, de maneira
mais intensa evocado em dezembro pela humanidade cristã do planeta.
Deixemo-nos também contagiar pelo
entusiasmo, pela alegria de viver, pela gratidão a essa incomparável
personalidade que nos pede humildade, renúncia, bondade e postura de perdão
diante dos ferimentos físicos ou morais recebidos. Sua sabedoria sabe que
quando perdoamos nos libertamos das prisões que nós mesmos criamos com nossa
rebeldia ou condicionamentos vários que vamos alimentando ao longo dos
relacionamentos conflituosos.
Por gratidão à sua divina presença,
ao seu imenso amor, à sua incontestável e patente realidade de sua bondade e
amor para conosco, deixemos que mais que as luzes externas das fachadas
comerciais ou residenciais se transformem em luzes interiores, as luzes da
solidariedade, da humildade, da disposição de servir, da alegria de viver, da
gratidão, virtudes capazes e potentes para transformar o sofrido cenário da
atualidade num ambiente de paz e harmonia, a partir dos lares que se refletem
na sociedade.
Por isso, nesse Natal, nosso coração
pulsa para dizer: Obrigado Senhor Jesus!
Aos leitores, nossos votos de um
Natal feliz, repleto de harmonia no coração!
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