Dez medidas contra a corrupção
Orson Peter Carrara
Bem
oportuna a decisão do Ministério Público Federal de iniciativa com dez medidas
de combate à corrupção. O processo de aprovação assemelha-se ao recente “Ficha
Limpa”, que impede
candidatos de serem eleitos, caso comprometidos com a justiça, e requer lista de assinaturas com essa solicitação, para seguir adiante para votação. Fala-se da necessidade um milhão e meio de assinaturas, com identificação do cidadão e eleitor, inclusive com número do título de eleitor.
candidatos de serem eleitos, caso comprometidos com a justiça, e requer lista de assinaturas com essa solicitação, para seguir adiante para votação. Fala-se da necessidade um milhão e meio de assinaturas, com identificação do cidadão e eleitor, inclusive com número do título de eleitor.
Com
a drástica situação moral do país, em termos do comportamento político de um
bom número de eleitos que se desviam dos objetivos dos cargos que ocupam, a
mobilização popular é mesmo um recurso útil e necessário.
Incrível
a democracia: todos queremos a liberdade, mas ela leva a situações como a que
aqui comentamos, chegando ao ponto de exigir mobilização para impedir atos
lesivos à própria liberdade.
Como
cidadãos temos o dever nesse sentido. Os abusos extrapolaram os limites da
decência e da dignidade, com prejuízos sociais coletivos de expressão e a
iniciativa, que não tem vinculação partidária, merece nossa atenção nesse
momento conturbado do país.
Não
há como se omitir com a iniciativa. Todos estamos sentido na pele as
irresponsabilidade de atuação política e administrativa, face à corrupção e
seus lamentáveis desdobramentos.
Desejo
sugerir ao leitor acesse a página específica do MPF na internet para imprimir a
lista e mobilizar conhecidos para juntarmos forças em favor da causa. A página
é rica de informações e já mobiliza grupos em todo o país.
Para
quem não está habituado à net, basta pesquisar com a seguinte expressão: 10
medidas de combate à corrupção ou acessar diretamente pelo site: 10medidas.mpf.mp.br
Sob
a visão espírita a questão merece ampla consulta nas obras básicas e mesmo nas
valiosas considerações de Emanuel e André Luiz, vastos arsenais de conhecimento
e pesquisa. Podemos estudar o assunto à luz dos estados de consciência, ou
mesmo debater sob o ponto de vista da lei de causa e efeito, do nível de
maturidade dos espíritos encarnados no planeta, buscar embasamento nos ensinos
claros de Jesus no respeito à vida e ao próximo e mesmo aprofundar pesquisa nas
Leis de Liberdade, Trabalho, Sociedade, Progresso, Igualdade, entre outras. O
assunto é vasto, o material disponível é inesgotável e abre perspectivas
imensas no entendimento da grave questão vivenciada no momento do país e o
barulho provocado pela corrupção.
Desejamos,
todavia, utilizar magnífico trecho da resposta à questão 860 de O Livro dos
Espíritos. Informam os espíritos que “(...) para fazer o bem, como o deve ser,
e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal, sobretudo aquele
que poderia contribuir para um mal maior.”
Notemos
o detalhe embutido: o bem pode impedir o mal. E mais: sobretudo aquele que
poderia contribuir para u mal maior. O mal que vivemos atualmente é fruto de
nossa omissão social, que permite os abusos em andamento, mesmo a lentidão e
empecilhos quase insuperáveis. É fruto sim de nossa ausência de cidadania ou
indiferença política. Essa noção enquadra-se em outro pensamento expresso na
citada resposta: Fazer o bem é o único objetivo da vida. E isso requer nossa
participação na vida social, inclusive para impedir o mal.
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