Impossível não chorar
Orson Peter Carrara
Surpreendeu-me vivamente o filme Little Boy – Além do Impossível. Entreguei-me às lágrimas, sem conseguir segurar. E faz chorar duas vezes, com intensidade. É muito comovente. Veja no NETFLIX.
Reproduzo a sinopse que extraí da net: “O'Hare, Califórnia. O pequeno Pepper (Jakob Salvati) tem uma forte ligação com o pai, James Busbee (Michael Rapaport), com quem vive aventuras fantasiosas. Quando seu irmão London (David Henrie) é convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial, James se oferece para ir no lugar dele. A situação deixa Pepper desolado, sendo que ele ainda precisa lidar com as constantes provocações dos demais garotos por ser pequeno demais - daí o apelido jocoso Little Boy. Disposto a trazer o pai de volta da guerra, Pepper resolve seguir uma lista de boas ações entregue pelo padre Oliver (Tom Wilkinson).”
A fé do menino, estimulada pelo conhecido “grão de mostarda” que ele ouviu do padre, inclusive com uma metáfora fantástica numa cena marcante do filme, em que somos levados a pensar sobre a fé e seus desdobramentos, tem um final comovente.
O pequeno garoto – de estatura menor mesmo –, transforma-se num gigante pela esperança e fé alimentadas para que o pai voltasse da guerra. A ligação entre ambos é muito forte e a família sobre as agruras da idiotice de uma guerra que separou seus membros. O menino pequeno, todavia, traz à família, à população do vilarejo onde vive e especialmente para o telespectador, as lições vivas do “transporte da montanha”, como indica o ensinamento maior.
O filme começa e parece despretensioso, sem atrativos, mas vai envolvendo de tal maneira, que não se imagina o final surpreendente. Que emociona. As lágrimas do menino são transferidas de maneira intensa para quem assiste e sofre com ele. Os personagens da trama igualmente se envolvem com seu drama, ele se torna muito conhecido pela sua história de fé e esperança, espalhando no ar algo diferenciado que comove mesmo.
Muito bom filme. Não deixe de ver. Veja, inclusive, com a família toda.
Não consigo transformar em palavras as emoções intensas que me envolveram, refletindo sobre o valor da fé e o drama do pequeno de 8 anos de idade. Como pai e avô, as situações familiares ali se desenham diante do inevitável da separação, em tão variadas circunstâncias que a vida se apresenta. Felizmente somos todos imortais, mas a lição viva da fé, trazida pelo filme, produz expressiva reflexão aliada a lindas emoções.
Se eu me aventurar mais aqui, acabo contando o final, e não quero estragar a expectativa do telespectador. Veja o filme, meu amigo, minha amiga.... É um verdadeiro auto teste da fé que alimentamos diante das situações adversas.