Brasil, Brasil, Brasil!
O
planejamento de nossa atual encarnação, cuidadosamente elaborado pelos
benfeitores espirituais, permitiu-nos renascer no Brasil, a querida Pátria que
nos acolhe. A história do país, na colonização, nos embates para a construção
da democracia e mesmo nos gigantescos desafios da atualidade – onde se incluem
a violência e o tráfico, o contraste entre os interesses de variadas ordens e a
corrupção, entre outros itens dispensáveis de serem citados –, também apresenta
os benefícios de um povo aberto, feliz, descontraído, ardente na fé e na
disposição. É nosso querido Brasil, gigantesco em proporções geográficas e na
diversidade que se apresenta em todos os aspectos! Bendita pátria!
Por
outro lado, o país acolheu a Doutrina Espírita como nenhum o fez. Das sementes
germinadas em solo francês, foi aqui que a grande árvore do conhecimento se fez
gigante como o próprio país continental. E nós temos a felicidade de conhecer
essa Doutrina maravilhosa que inspira ações de caridade – em toda a extensão da
palavra –, convivência fraterna e amiga por toda parte. Apesar das dificuldades
e limitações humanas que são nossas, individuais e coletivas, ele, o
Espiritismo, espalhou e espalha seus frutos pelas mentes e corações que o
buscam ou são beneficiados por sua imensa luz.
Estamos
no mesmo país que recebeu o cognome de Coração do Mundo, Pátria do Evangelho,
justa e coerente adjetivação para um povo ameno, solidário, apesar das lutas
próprias de nossa condição humana. É aqui que as variadas expressões religiosas
se manifestam para conduzir mentes e corações; é também nessa terra querida que
nasceram ou renasceram almas que conhecemos sob os abençoados nomes de Irmã
Dulce, Zilda Arns, Chico Xavier, Divaldo Franco, Dr. March, Dr. Bezerra de
Menezes, entre tantos outros ilustres filhos que lhe dignificam o nome, sendo
impossível citar todos e mesmo especificá-los por área, tamanha a variedade e
quantidade de benfeitores que aqui vieram e ainda aqui vivem.
Setembro
lembramos a Pátria, desde os tempos escolares. Setembro também normalmente
estamos às vésperas das eleições, como ocorre agora em 2018. Isso lembra
responsabilidade, comprometimento, ética. Afinal, temos um compromisso com o
país, com a coletividade brasileira. Qualquer cidadão está comprometido com a
segurança, com os valores do país, com a obrigação moral da retidão e da
gratidão, que se estendem por ações em favor do bem comum. É o dever! Não
apenas um dever cívico, mas o dever moral para conosco mesmo e para com o próximo,
como indica o Espírito Lázaro em O Evangelho Segundo o Espiritismo. Aliás,
lembrando a Codificação Espírita, há que se ater às Leis Divinas, didaticamente
apresentadas pelo Codificador em O Livro dos Espíritos. Leis que baseiam-se no
amor, diga-se de passagem, mas igualmente são justas e misericordiosas.
Por
tudo isso, a reflexão sobre nosso papel de brasileiros perante a Pátria
Brasileira inclui-se igualmente no dever, ainda que apenas por gratidão pelo
país que nos acolhe, garantindo-nos a paz desse foco irradiador de trabalho e
fé que é o Brasil. Tamanho compromisso dispensa corrupção, egoísmo e tolas
vaidades. Pede-nos, isso sim, trabalho e dignidade, exatamente pelo alto
compromisso que todos temos com a vida e seu significado. O que significa, em termos
de eleições para outubro próximo, o compromisso com a decência e a escolha
consciente sem outros interesses que não os da coletividade.
Mas, para a família
espírita nacional e internacional, setembro tem ainda outro grande significado
em todo esse contexto. Comemora-se o nascimento de Cairbar Schutel, que nasceu
no dia 22, no ano de 1868, no Rio de Janeiro, instalando-se em Matão, no
interior paulista, para ficar conhecido mais tarde como o Bandeirante do
Espiritismo, justamente por essa consciência clara de compromisso com o bem.
Matão, inclusive, realiza em setembro, o Encontro Cairbar Schutel, justamente
para homenagear seu mais ilustre cidadão, em todos os tempos. Neste ano, com o
diferencial marcante dos 150 anos de nascimento.
Esses
exemplos todos, dentro e fora do movimento espírita, de grandeza moral, de
trabalho em prol do bem coletivo, aliados ao compromisso coletivo do país com o
fornecimento de bases espirituais sólidas para a humanidade, como já vem
ocorrendo, motiva-nos a trabalhar mais e mais. Repare o leitor atento que,
quando ouvimos o Hino Nacional, a emoção nos envolve completamente. É o
sentimento de compromisso com a missão da Pátria que integramos. O renascimento
no país não é obra do acaso. Indica comprometimento e programação sabiamente
elaborada. Saibamos respeitar e cumprir o que antes prometemos.
O
Brasil tem grande papel a exercer junto à Humanidade. Filhos dignos, espíritos
preparados e nobres estão sempre presentes como autênticos faróis a conduzir a
coletividade. Sejamos daqueles que honram nossa condição humana e brasileira!
Exemplos não faltam.
Por
gratidão, ao menos, ao querido e grandioso Brasil! Lembremo-nos: o planeta
construído por Jesus teve na mente e planejamento do Mestre da Humanidade a
inclusão desse país incomparável, onde germinam as doces brisas do Evangelho.