Vigor da esperança
Há um paradoxo na vida humana.
Habitando um planeta lindo, de paisagens exuberantes, desfrutando de benefícios
imensos como a água, o ar e a chuva, a beleza incomparável da fauna e flora
variadíssima, e mesmo com toda tecnologia que já conquistamos, ainda vivemos um
cenário de conflitos. Dominado pela avareza, a ganância, as intrigas e seus
desdobramentos.
Mesmo com o canto dos pássaros,
o sorriso das crianças, as artes que nos encantam e todas as possibilidades ao
nosso alcance pelos sentidos, e repito, com todo o conforto trazido pelos
avanços da ciência em todos os ramos do conhecimento e pesquisa, ainda vivemos
os bastidores da calúnia, do crime, da hipocrisia, dos desrespeitos variados
que aí estão, sem qualquer necessidade de citá-los, pois que muito conhecidos e
vividos em abundância.
Mas, o vigor da esperança
também é força presente. Apesar de toda tempestade à volta, continuamos a
lutar, a viver, a aprender, a conviver – esse um grande tesouro – guardados pela
predestinação do planeta no futuro de ser um mundo feliz.
Isso parece uma ilusão?
Compara-se a um engodo? Há perspectivas?
Claro que há, são perenes,
permanentes, disponíveis.
Embora tenhamos guerras,
miséria, fome, desespero, vingança, egoísmo, descrença, discórdia, mentira,
crime, orgulho, preguiça e ódio, entre outras imperfeições morais que o leitor
saberá acrescentar, há um caminho incomparável, sereno, roteiro seguro para o
alcance da paz que desejamos viver coletivamente.
Ele, esse caminho, é dependente
de nossa decisão de começar, agora mesmo, a buscar as lições do bem e a fazer
algo em favor da felicidade de todos.
Ora, a afirmação que não é
minha, nem o raciocínio, e contida num único parágrafo (o imediatamente acima),
é roteiro de paz para o planeta, é o construtor da harmonia que tanto
procuramos. Ela comporta um congresso de informações, onde depoimentos, casos,
estudos e debates nos podem proporcionar ampliar a questão.
Afinal, podemos indagar sem
receio: a) O que é exatamente buscar as lições do bem? b) O que é algo fazer em
favor da felicidade de todos?
As respostas são difíceis ou
ainda preferimos ignorar? Agora, nesse instante, como usar as duas opções?
Quais as opções de busca do bem nesse momento, onde estamos? O que podemos
fazer agora em favor da felicidade de todos? Quem são esses “todos”?
O planeta atual e seu cenário
de conflitos apenas reflete nossa mediocridade moral – ainda nos deixamos
seduzir por paixões exclusivistas, egoístas, sem pensar coletivamente – e somos
donos da mudança desse quadro, bastando apenas a decisão de amar e respeitar o
local onde vivemos, as pessoas com quem convivemos e agir em favor do bem
geral.
Será tão difícil assim? Por que
ainda não aprendemos? É egoísmo, é nossa imaturidade ou nossas ambições ainda são
mesquinhas? Ou soma-se tudo isso?
Observemos, com imparcialidade,
a conquista de um mundo feliz é consequência da aplicação do Evangelho, é
seguir as lições do Mestre de Humanidade. Sem comodismo e com perseverança.
Nota do
autor: vali-me das lições Morada terrestre e Mundo
feliz, do livro Vivendo o Evangelho, volume I, de Antonio Baduy
Filho.
Gratidão, caríssimo Carrara, por esta oportunidade de reflexão. Entendo que ainda falta em muitos de nós a busca da autonomia no cumprimento da lei de justiça, de amor e de caridade. Mas, vamos indo... Abraço fraterno!
ResponderExcluir