Não temos que seguir pessoas... Mas seguir ao Cristo!
- Orson Peter Carrara
Pessoas humanas somos falíveis,
sujeitos a equívocos e distrações, seduzidos muitas vezes pela vaidade ou pelas
variadas paixões, manipulados por vontades alheias ou conduzidos por impressões
e imperfeições que tanto nos caracterizam, que nos dão visão limitada e bem
pequena da realidade que nos cerca, bem como dos objetivos maiores nas
ocorrências e acontecimentos.
Isso vale para tudo, considerando
nossa condição de aprendizes, onde muitas vezes o comportamento caracteriza-se
incoerente com as informações já disponíveis.
Em considerando o movimento
espírita (este composto por seres humanos adeptos do Espiritismo), que é uma
representação pálida da Doutrina Espírita que o motiva, dada nossas fraquezas e
limitações, carências e interpretações ainda repletas de nossas distorções
pessoais e coletivas, o raciocínio é o mesmo.
Palestrantes, dirigentes
espíritas, médiuns ou tarefeiros de qualquer natureza, constituímos imenso
exército de treinandos para a sabedoria de viver, exercitando ainda a conquista
de virtudes. Portanto, igualmente falíveis nessas atividades, em desdobramento
natural da condição humana.
Não temos, pois, que seguir
pessoas. Temos que seguir o Cristo. É um equívoco elegermos pessoas, sejam
dirigentes ou palestrantes, médiuns ou outros tarefeiros de instituições
espíritas, para seguir. Sujeitamo-nos a decepções variadas, sem contar os
prejuízos das interpretações que elejam como diretrizes – conforme nossas
limitadas percepções humanas e que qualquer pessoa carrega consigo – e que
podem estar completamente equivocadas, já que fruto das interpretações
pessoais, nem sempre condizentes com a realidade.
Seguir o Cristo é nosso dever.
Ele é o modelo e guia. E em termos de Doutrina Espírita, o raciocínio é o
mesmo. Lideranças, médiuns e palestrantes podem estar completamente equivocados
em suas ações. A segurança está em seguir a Codificação de Allan Kardec, para
não cairmos nas raias do fanatismo e do ridículo. Isso constrói estabilidade,
segurança, harmonia. Seguir pessoas cria instabilidades, desarmonia,
insegurança. A história aí está para exemplificar isso, na história humana e,
por consequência, também no movimento espírita. Daí as confusões reinantes.
Pessoas... somos falíveis...
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