Custa-nos reconhecer que fomos iludidos
Custa-nos reconhecer
que fomos iludidos – Orson Peter Carrara
Este reconhecimento cabe em muitas situações do cotidiano e
estamos todos incluídos, face a circunstâncias variadas do cotidiano. A frase
original é: Custa-lhe reconhecer que foi iludido. É de autoria de Allan
Kardec e está na REVISTA ESPIRITA,
edição de março de 1860, no texto Um
médium curador, referindo-se naturalmente à mediunidade e suas
seduções.
Extraímos alguns trechos das valiosas considerações do
Codificador Allan Kardec:
a)
O orgulho
é o escolho de grande número de médiuns e vimos muitos
cujas faculdades transcendentes se aniquilaram ou perverteram, desde que deram ouvidos a esse demônio
tentador.
b)
o
orgulho é o último defeito que confessamos a nós mesmos, à semelhança
dessas doenças mortais que se tem em estado latente e sobre cuja gravidade o
doente se ilude até o último instante. Eis
por que é tão difícil erradicá-lo.
c) Desde
que um médium possui uma faculdade, por menos notável que seja, é procurado,
elogiado, adulado. Isto lhe é terrível
pedra de toque, pois acaba julgando-se indispensável, se não for
profundamente simples e modesto. Infeliz
dele, principalmente se estiver
persuadido de que só se comunica com bons Espíritos.
d) Custa-lhe reconhecer que foi iludido, e
muitas vezes escreve ou ouve sua própria condenação, sua própria censura, sem
acreditar que aquilo tudo é endereçado a ele. Ora, é precisamente dessa cegueira que é presa.
e) Os Espíritos enganadores disso se aproveitam
para fasciná-lo, dominá-lo, subjugá-lo cada vez mais, a ponto de lhe fazerem tomar por verdades as coisas mais falsas. É assim que
nele se perde o dom precioso que só havia recebido de Deus para tornar-se útil
aos seus semelhantes, porque os bons
Espíritos se retiram, sempre que alguém prefere escutar os maus.
Os grifos são nossos, o artigo na íntegra é precioso e recomendamos aos leitores. Embora a abordagem se refira ao um médium curador, ela cabe a todos nós, médiuns ostensivos ou não, pois que é pelo orgulho que nos perdemos em tolas vaidades que geram aflições absolutamente dispensáveis.
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