Charlatanismo, mediunidade de cura e Kardec
Não há charlatanismo
desinteressado – Orson Peter Carrara
No magnífico texto Médiuns Curadores – constante da REVISTA
ESPÍRITA, edição de janeiro de
1864, Allan Kardec faz essa afirmação, usando-a como argumento muito bem
dirigido de que o desinteresse absoluto, material e moral, é a melhor garantia
de sinceridade. Isso porque o charlatanismo não deixará de tentar explorar em proveito próprio também a faculdade mediúnica de cura. Conforme suas considerações, ela,
a mediunidade de cura “exige
imperiosamente o concurso dos Espíritos superiores, e esse concurso não pode
ser adquirido pelo charlatanismo”.
Resta-nos, como beneficiários ou estudiosos do assunto,
analisar bem como se apresenta um desinteresse
absoluto, material e moral, para não cairmos na exploração de médiuns
inescrupulosos que visam antes o interesse pessoal. A própria significação da
palavra charlatanismo já indica: exploração da credulidade pública,
inculcando ou anunciando cura por meio secreto ou infalível. Ressalte-se
que referida exploração não é exclusiva ao aspecto dos lucros financeiros, mas
pode estar também na ganância da autopromoção ou na vaidade da evidência ou
projeção social para interesses que nem sempre suspeitamos.
O texto de Kardec, constante
da fonte acima citada, é um primor, que indico ao leitor, onde está também uma
carta endereçada a Kardec (que classifica com um dos numerosos exemplos de
reformas morais que o Espiritismo pode operar), cuja leitura resultou em duas
comunicações de muito proveito para o estudo do assunto. Não deixe de conhecer.
Nenhum comentário:
Agradecemos sua visita e seu comentário!
PS: Se necessário, o autor responderá.