Obsessão e Mediunidade de cura
Libertar obsedados e a mediunidade de cura – Orson Peter Carrara
Sempre oportuno estudar, trazer à reflexão, a lucidez de
Kardec. Sua perspicácia, sua ponderação nas análises, o raciocínio claro, são
sempre admiráveis. Do artigo Considerações sobre a propagação da
mediunidade curadora, constante da edição de novembro de 1866 da valiosa REVISTA
ESPÍRITA, extraímos magnífico trecho nem sempre pensado por estudiosos do
Espiritismo. Dada a relativa extensão e
importância do texto na íntegra – com valiosas considerações como indica o
título da matéria –, aqui destacamos pequeno trecho: (os grifos são de nossa seleção)
“(...) É assim que os médiuns curadores podem ter especialidades: este curará as dores ou
endireitará um membro, mas não dará a vista a um cego, e vice-versa. Só a
experiência pode dar a conhecer a especialidade e a extensão da aptidão, mas,
em princípio, pode-se dizer que não há médiuns curadores universais, pela
simples razão que não há homens perfeitos na Terra, e cujo poder seja ilimitado.
A ação é
completamente diferente na obsessão, e a faculdade de curar não implica a de
libertar os obsedados. O fluido curador age, de certo modo,
materialmente sobre os órgãos afetados, ao passo que na obsessão é preciso agir
moralmente sobre o Espírito obsessor; é preciso ter autoridade sobre ele para fazê-lo
largar a presa. São, pois, duas aptidões distintas, que nem sempre se encontram
na mesma pessoa. O concurso do fluido curador torna-se necessário quando, o
que é bastante frequente, a obsessão se complica com afecções orgânicas.
Portanto, pode haver médiuns curadores impotentes para a obsessão, e
vice-versa. (...)”
O assunto é muito vasto e abre enormes desdobramentos, que
requerem observação, estudo, pesquisa, acompanhamento, para não cairmos na leviandade
das opiniões precipitadas diante dos atendimentos ou práticas mediúnicas que
estejamos envolvidos. A análise vai muito além das aparências... Estudemos
Kardec!
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