Lucidez, bom senso, discernimento
Kardec é
fenomenal – Orson Peter Carrara
Sim! O
Codificador do Espiritismo pode ser considerado um gênio, um benfeitor da
Humanidade. Será ainda reconhecido como tal no transpor do tempo. Ainda é um
ilustre desconhecido, mesmo entre os espíritas.
Sua lucidez
traz a profundidade de um sábio, de alguém que reflete, que encaminha o
raciocínio e não deixa margem para perdas de tempo.
Discussões
variadas que só desviam do foco principal surgem com constância, sempre como
resultado da falta de um estudo mais atento dos conteúdos de suas obras.
Entre
tantas discussões dispensáveis, que dividem, criam antagonismos sem
necessidade, uma delas é a velha questão do mundo espiritual estruturado.
Nas Obras Básicas está o
embasamento correto. Tais considerações surgem em função do que está registrado
na questão 234 de O Livro dos Espíritos, para compreensão exata do
assunto. As informações são muito claras e não deixam dúvidas. Acompanhe comigo:
Mundos
transitórios.
Questão 234
(LE). Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações e de pontos
de repouso aos Espíritos errantes?
“Sim, há
mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem
servir de habitação temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem
de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São,
entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a
natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior
ou menor bem-estar.”
Leia-se
atentamente....
E também
encontramos conteúdos na REVISTA ESPIRITA:
"(...)
O mundo dos invisíveis é como o vosso. Em vez de ser material e grosseiro, ele
é fluídico, etéreo, da natureza do perispírito, que é o verdadeiro corpo do
Espírito, haurido nesses meios moleculares, como o vosso se forma de coisas
mais palpáveis, tangíveis, materiais.
O mundo dos
Espíritos não é um reflexo do vosso; o vosso é que é uma imagem grosseira e
muito imperfeita do reino de além-túmulo. (...)" - Mesmer -
Revista
Espírita, de maio de 1865.
Busque o
trecho na íntegra com o título: SOBRE AS CRIAÇÕES FLUÍDICAS.
Mas não é só. Busque-se no mesmo
O Livro dos Espíritos a questão 36 e no item 19 do capítulo VI de A
Gênese, outras importantes considerações. Resumimos aqui o raciocínio,
deixando ao leitor a busca integral:
a) Questão 36 (acima citada): “(...) Nada é vazio. O que parece vazio está
ocupado por matéria que escapa aos vossos sentidos e aparelhos.”
b) Item 19 – (acima referido): “(...) o mundo espiritual (...) que também
faz parte da criação.”
Escreveu o amigo Daniel
Nascimento, de Ibiá (MG), em comentário na postagem que fiz no facebook, sobre
o mesmo assunto: “Essa ponderação
demonstra que a Obra de André Luiz esteve sempre alinhada com as Bases
Doutrinárias de Kardec. Durante todo o tempo o Benfeitor se refere à Nosso Lar
como sendo uma colônia de transição, corroborando à resposta citada. Na
verdade, o Eufemismo, utilizado na série A vida no mundo espiritual, nada
mais é que os Mundo Transitórios. Com bom senso, é possível enxergar que a Obra
de Chico Xavier representa as paredes, sobre as bases das Obras Fundamentais,
desse grande edifício que é o conhecimento.”
O estudo, a
pesquisa, a atenção nos detalhes sempre empolgam. É preciso mesmo estudar e não
nos deixarmos seduzir por nossas modestas opiniões pessoais, sempre limitadas.
O embasamento está na Codificação. Lá não nos perderemos.
Destaque-se aqui para concluir (copiando acima): “há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes
podem servir de habitação temporária.”
Não há, pois, nada de errado com André Luiz. Nossa
compreensão, essa sim, precisa estar mais atenta.
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