Exemplos deixados e esquecidos.

 




Vultos brasileiros... – Orson Peter Carrara

 

Um país continental como o Brasil viu nascer em seu território personalidades marcantes que brilharam em vários segmentos. Embora nem todos tenham unanimidade nacional, mas marcaram expressiva e positivamente a vida do país.

Claro que numa abordagem breve, deixarei de citar muitos, mas apenas a título de amostragem, relacionemos alguns, citando que a ordem abaixo não obedece a nenhum critério:


Rui Barbosa (1849 – 1923); Castro Alves (1847 – 1871); Carlos Gomes (1836 – 1896); Irmã Dulce (1914 – 1992); Divaldo Franco (1927 -); Silvio Santos (1930 – 2024); Pelé (1940 – 2022); Roberto Carlos (1941 -); Ayrton Senna (1960 – 1994); Zilda Arns (1934 – 2010); Anália Franco (1856 – 1919); Bezerra de Menezes (1831 – 1900); Carmem Miranda (1909 – 1955); Cecília Meireles (1901 – 1964); Clarice Lispector (1920 – 1977); Tarsila do Amaral (1816 – 1973); Cora Coralina (1889 – 1985); Rachel de Queiroz (1910 – 2003); Elis Regina (1945 – 1982); Machado de Assis (1839 – 1908); Monteiro Lobato (1882 – 1948); Cairbar Schutel (1868 – 1938); Wallace Leal V Rodrigues (1924 – 1988); Oscar Niemeyer (1907 – 2012); Humberto de Campos (1886 – 1934); Pedro II (1825 – 1891); Yvonne Pereira (1900 – 1984); Santos Dumont (1873 – 1932); Peixotinho (1905 – 1966); Oswaldo Cruz (1872 – 1917); Carlos Chagas (1879 – 1934); Adolfo Lutz (1855 – 1940); Vital Brasil (1865 – 1950); Hermínio C. de Miranda (1920 – 2013); Eurípedes Barsanulfo (1880 – 1918); João Carlos Martins (1940 -); Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959); Tiradentes (1746 – 1792) e Princesa Isabel (1846 – 1921), entre tantos outros nomes ilustres.


Claro que essa lista não tem fim. Muitos outros vultos podem aí ser acrescentados, de todos os segmentos de atividade humana, inclusive os não tão conhecidos, não famosos e também aqueles benfeitores locais de uma cidade, que serviram seus semelhantes com a consciência do amor ao próximo e da exata noção de servir. O país é pródigo nas mentes lúcidas e operosas que acolheu e desenvolveu nesta pátria imensa de talentos. E isso sem falar de notáveis estrangeiros que viveram e atuaram no país com grande destaque.


Relacionando esses nomes ilustres refletimos que nomes como Carmem Miranda, Pelé, Ayrton Senna, de grande popularidade, foram de alguma forma capazes de unir o povo. Hoje, embora a presença de mentes igualmente brilhantes entre nós, não temos um consenso de um nome que produza a união que os esportes e a música, por exemplo, conseguiram produzir.


Parece-nos que agora estamos submetidos a um grande teste de escolhas, cabendo-nos refletir sobre o próprio papel como cidadãos para fortalecer o país e sua grandeza. Os nomes acima citados, embora tenham tido também seus desafios, vitórias e derrotas nas lutas inevitáveis, deixaram exemplos marcantes para a história, de coragem, de perseverança, de dedicação. Atualmente, apesar do esforço e dedicação da elevada porcentagem da população que trabalho pelo bem geral, falta-nos um líder autêntico, alguém que produza coletivamente uma consciência de retidão, de honestidade, de dignidade, que influencie positivamente a nação. O que vemos com clareza são interesses com manipulações variadas, denunciando nosso estágio ainda medíocre de moralidade.


Note o leitor que cada nome ali relacionado abre perspectivas imensas de pesquisa e divulgação nos legados deixados como exemplos de amor à Pátria, de ação digna no bem. São exemplos que temos para seguir. As marcas de cada nome, no segmento próprio em que atuaram, apresentaram, claro, falhas – somos seres falíveis não podemos esquecer –, mas o esforço que empreenderam não pode ser esquecido.

Eles construíram caminhos valorosos para o futuro. E como estamos trilhando hoje esses caminhos?


Esta abordagem foi inspirada na série SENNA, da Netflix. Fiquei a pensar que o conhecido piloto de Formula 1 uniu o país com sua competência. O esporte tem essa facilidade. Mas, atualmente como está o Brasil? Dividido por questões absolutamente dispensáveis, comparável à magnífica anotação de Mateus e Lucas: "Se um cego guiar outro cego, ambos cairão num buraco".

Pessimismo? Não! Oportunidade de muito aprendizado, de exercício da dignidade para não nos deixarmos arrastar por ideias e disputas tolas e sim construir dentro de nós o conhecido e sempre citado Reino de Deus, anunciado pelo maior Mestre que o planeta recebeu. Afinal, não há inocentes em nenhum lugar. Somos ainda aqueles comprometidos com a melhor moral que nos cabe executar, construir e conquistar, não nos outros, mas em nós mesmos.

Conhecer a vida e o esforço daqueles brasileiros é caminhar nessa direção, aprender com eles.

 

 


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