E o amor a nós mesmos?
Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho?
Orson Peter Carrara
Esta pergunta está no livro O Consolador
(Emmanuel/Chico Xavier, edição FEB), em sua questão 351, em sua Terceira
parte – Religião, subtítulo Fraternidade. Referido livro, como todos
os demais do conhecido autor espiritual, é de grande conteúdo, está um pouco
esquecido e precisamos novamente nos debruçar sobre tão preciosa obra. Dividida
em três partes, a obra traz o tripé do edifício doutrinário do Espiritismo, com
análises da Ciência, Filosofia e Religião.
Perguntas e respostas são ótimas. Selecionei aqui a já
citada 351, de cuja resposta, que é bem compacta, destaco alguns trechos
importantes e muito didáticos, sempre partindo da indagação principal, óbvio,
que intitula a presente abordagem: (negritos são nossos)
a) a) deve ser interpretado como a necessidade
de oração e de vigilância – Temos pensado nessa interpretação?
Consideramos que a prece a autovigilância nos propiciam equilíbrio e, portanto,
amor a nós mesmos nas diversas circunstâncias?
b) b) Para nós outros, a egolatria já teve o seu
fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. –
Notemos o alcance dessa afirmação de um espírito que já compreendeu as ilusões
das vaidades e do ego que se sobressai. Sugiro mesmo que a expressiva frase
seja lida novamente.
c) c) deve traduzir-se em esforço próprio, em
autoeducação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de
trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único
Mestre, que é Jesus Cristo. – Olha que orientação precisa, que receita
preciosa de amor a nós mesmos. Temos observado?
d) d) Quem se ilumina, cumpre a missão da luz
sobre a Terra. – Lógica natural da própria dinâmica da vida. Trazemos
conosco grave compromisso de auto iluminação.
e) e) todo bem conseguido por nós, em proveito
do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma. - Há intensa
necessidade absorvermos esse raciocínio em nossa intimidade, para tê-lo conosco
como meta de vida.
Notem que os cinco itens, extraídos da resposta de Emmanuel
à importante pergunta pode embasar abordagens e debates, em nossas instituições
– estimulando-nos o crescimento pessoal –, mas igualmente, claro, constitui
verdadeiro roteiro para amar a nós mesmos.
Vale lembrar, embora claramente perceptível, que pergunta e
resposta foram inspiradas na célebre anotação de Marcos, 12:31: “(...) O
segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (...)”.
O libertar-se de ilusões e expectativas, os esforços pelo
progresso próprio e o empenho pelo bem geral à nossa volta será, com as
poderosas ferramentas da oração e da vigilância, o programa para amar a si
mesmo. Que maravilha!
Reflitamos mais sobre esses pontos que Emmanuel nos
apresenta.
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