Emocionei-me com o grão – Orson Peter Carrara
Em visita em indústria alimentícia, deparei-me com o grão de
mostarda. Pequenino grão, diminuta semente, no entanto comparada por
Jesus para falar sobre a força da fé.
Ao ter o diminuto
grão na palma da mão, lembrei-me dos ensinos do Mestre da Humanidade e
emocionei-me com as lições profundas e sábias daquele que é a Luz do
Mundo! Somente sua imensa sabedoria poderia mesmo fazer referida
comparação.
Ele afirmou que se tivermos fé do tamanho do
grão de mostarda somos capazes de remover os obstáculos da vida nas
montanhas do orgulho, da vaidade, do ciúme e de tantas imperfeições que
todos trazemos. Mas também o mesmo pequenino grão se existente daquele
tamanho no coração como inspiração para a iniciativa e a perseverança,
comparado para dizer da força da fé, é capaz de superar as lutas, as
enfermidades e manter serenidade e confiança no amparo que nunca falta
para estarmos com a cabeça erguida e prosseguindo nossos projetos de
aperfeiçoamento.
O mesmo grão, utilizado por Jesus para
falar da força moral de levantar-se diante da adversidade, vale
igualmente para os projetos de realização e iniciativa pessoal ou
coletiva. A fé é aquele elemento vital para as realizações em todas as
áreas, não apenas moral. Sim, porque quem tem fé movimenta forças à sua
volta e faz acontecer os projetos que alimenta antes no ideal e na mente
Afinal, seria interessante perguntar: o que é fé?
Fé
é confiança nas próprias forças, é sabedoria para escolher o melhor
caminho, é igualmente a certeza de atingir determinado objetivo.
Acompanhemos o comentário de Allan Kardec: “É certo que, no bom sentido,
a confiança nas próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas
materiais que não podemos fazer quando duvidamos de nós mesmos. (...) As
montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a
má vontade, em uma palavra, que encontramos entre os homens, mesmo
quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o
interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões
orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que
trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a
perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre
os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé
vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os
adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de
vencer, porque não crê na possibilidade de vitória. Noutra acepção,
considera-se fé a confiança que se deposita na realização de determinada
coisa, a certeza de atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma
espécie de lucidez, que faz antever pelo pensamento os fins que se têm
em vista e os meios de atingi-los, de maneira que aquele que a possui
avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e outro caso, ela pode
fazer que se realizem grandes coisas. A fé verdadeira é sempre calma.
Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na
inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao
fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza, e quando estimulada
pelo interesse torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a
violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança,
enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de
confiança em si mesmo.(...)”.
E Jesus compara a força da
fé, capaz de remover gigantescos obstáculos, com o diminuto grão de
mostarda. Quanta sabedoria! Pensemos mais nesta notável comparação e
movimentemos nossas forças para realizarmos o melhor a nosso alcance.
Somos capazes!
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