Quatro e cinco de julho
Orson Peter Carrara
Em meio à ocorrência da Copa do Mundo, que movimenta a mídia
e consegue mudar a rotina diária, as datas de 4 e 5 de julho representam fatos
importantes da história que merecem ser lembrados. Acompanhe comigo:
a) 4 de Julho: em 1776 –
Declarada a Independência dos Estados Unidos; em 1865 – publicado o famoso
livro infantil Alice no País das Maravilhas; em 1947 – nascimento de Luciano do
Valle; em 1934, falecimento de Marie Curie; em 1948, falecimento de Monteiro
Lobato e em 1955, falecimento de Albert Einstein.
b) 5 de julho: em em 1182 – nascimento de Francisco
de Assis; em 1811 – Independência da Venezuela; em 1942 – Independência da
Argélia e em 1975 – Independência de Cabo Verde.
Claro que nas duas
datas citadas existem inúmeros outros fatos históricos, entre cívicos, de
nascimentos e mortes, mas apesar da seleção acima – aleatória e sem desprezo
para outros fatos ao longo da história nas duas datas em referência, proposito
mesmo foi destacar duas personalidades marcantes: Francisco de Assis e Marie
Curie. Claro que sem esquecer Lobato, Einstein e mesmo nosso marcante Luciano
do Valle. Aliás, dos fatos acima citados, cada um deles constitui farto
material de pesquisa e abordagens. Mas o foco foi mesmo Francisco e Marie.
A história de Francisco é muito mais conhecida e
retrata uma das almas mais evoluídas que já pisou no planeta após o próprio
Cristo. Seu legado de desprendimento e amor é incalculável na sensibilização do
ainda duro e egoísta coração humano. A conhecida Oração de Francisco de Assis
retrata sua grandeza moral e o amor que emanava dessa alma cândida e
perfeitamente tocada pela essência do Evangelho. Conhecer sua história é trazer
para o próprio coração a beleza e a profundidade da mensagem de Jesus.
Por outro lado, nem tanto conhecida, Marie Curie foi
uma cientista polonesa, que trabalhou na França. Foi a primeira pessoa a ser
laureada duas vezes com um Prêmio Nobel. De Física, em 1903 – dividido com seu
marido Pierre Curie e Becquerel, pelas descobertas no campo da radioatividade e
com o de Química, em 1911, pela descoberta dos elementos químicos rádio e
polônio. O que pouco se fala dessa extraordinária mulher foi o sacrifício a que
se submeteu nas pesquisas a que se dedicou, com grande benefício para a
Humanidade.
Nosso objetivo aqui é estimular o leitor a pesquisar
sobre a vida dessa extraordinária mulher – mesmo porque inviável no pequeno
espaço de um artigo – e também convidar a todos nós – eu me incluo, claro – a
meditarmos mais sobre a Oração de Francisco de Assis. Parece-nos que os tempos
bicudos do presente estão a nos indicar o doce convite de Assis.
Afinal, se pensarmos bem – refletindo com profundidade
– fazer-nos instrumento de paz, mais consolar que ser consolado, mais
compreender do que ser compreendido, mais amar que ser amado, ou levar a
alegria, esperança, perdão, entre outras virtudes apresentadas pelo magnífico
apelo, exige uma mudança expressiva de comportamento, pois ainda estamos
alimentados pelo egoísmo, ainda nos deixamos dominar pela agressividade.
Infelizmente. Mas como estamos todos matriculados num grande curso de
aprendizado, sempre é tempo de recomeçar e seguir adiante. Nossa homenagem aos
dois vultos da história humana!
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