A linda experiência de cantar!
Orson Peter Carrara – orsonpeter92@gmail.com
Entrevistei a conhecida
Elizabete Lacerda, de Brasília (DF). Pedagoga, psicopedagoga, professora,
cantora e compositora. Espírita há mais de 30 anos, trazemos trechos parciais
de sua entrevista que será publicada na íntegra pela revista eletrônica O CONSOLADOR.
Selecionamos aqui os trechos mais expressivos ao leitor:
1 - De onde vem o gosto pela música? Como descobriu esse
talento?
Meu pai, homem manso, humilde e simples, veio de uma família
de músicos. Minha mãe, “eterna cantora” nos criou cantando. Somos 7 irmãos e
apenas 3 não são cantores. Nasci entendendo que música era como ar, água, coisa
imprescindível! Aos 9 anos de idade já era uma cantorinha bem afinadinha.
2 - E como foi para a inspiração e transmissão de ensinos do
amor pela música?
Aconteceu com naturalidade, como se fizesse parte de mim.
Desde criança o gosto pelas músicas sacras já me tomava as intenções e o
coração. De berço católico, o vigário da Paróquia já me convidava para os
cultos nas redondezas, nos locais mais necessitados. A menina cantora ia feliz
com seu violãozinho e tinha como recompensa, um cartucho cheio de amendoins
doces. As pessoas ficavam emocionadas vendo uma criança cantar, choravam e eu
não entendia o porquê. Pensava: será que está tão ruim assim? E assim, dos 9
aos 14 anos, eu andava com os padres pelas roças no interior, levando o
Evangelho de Jesus cantado.
Aos 18 anos me tornei Espírita em função da mediunidade ostensiva (iniciada aos 4 anos de idade) e passei a frequentar e cantar nos Centros Espíritas. (...)
Aos 18 anos me tornei Espírita em função da mediunidade ostensiva (iniciada aos 4 anos de idade) e passei a frequentar e cantar nos Centros Espíritas. (...)
7 - Algo marcante que gostaria de destacar de sua experiência
na arte musical?
Eu diria que a arte musical é como o ar que respiro. Não
existe Elizabete Lacerda sem a música. Recebo diariamente, depoimentos dos mais
diversos sobre o bem que “esta música” faz às pessoas. Da minha parte, consigo
separar sem falsa modéstia, o que é meu e o que é dos Espíritos. Tenho
consciência de que me coloco à disposição da Espiritualidade amiga e ela agem
da forma que é preciso. Muitos relatos de cura de depressão, de doenças graves,
de desistência de suicídios, de mudança radical de vida e outros; que me chegam
como forma de estímulo e incentivo para que eu possa continuar cantando.
(...)
9 - Algo mais que gostaria de acrescentar?
Serviço com Jesus requer desprendimento, renúncia e doação.
Quem me vê assim cantando, talvez não faça nenhuma relação àquela passagem de O
Evangelho segundo o Espiritismo, citada no capítulo XXIII, itens: de 4 a 6,
“Abandonar Pai, Mãe e Filhos”, não relacionando às consequências que advém desse
ato. Muita vez, a família fica sem mim, para que eu possa servir. Isso já me
custou dias difíceis, porém, a alegria, a parceria com o Cristo e as
consolações resultantes desse serviço, são bálsamos de esperança para mim e
para todos envolvidos neste contexto. É gratificante. E com Jesus, o fardo é
sempre mais leve!
Que eu faça por merecer, cantar as coisas de Deus por longas vidas. É o que há
de melhor em mim, na minha vida, nos meus dias: CANTAR!