Médium faz revelações sobre o passado e o futuro?
Prudência e bom senso são requisitos essenciais na questão.
Selecionamos
orientações de O Livro dos
Médiuns para responder à
grave questão que intitula a presente abordagem. Perguntas sobre o passado e o
futuro ou mesmo revelações trazidas sem nenhuma prudência são comuns
especialmente entre novatos na prática espírita e também com médiuns que não
estudam e esquecem os deveres da prática mediúnica.
Nada melhor,
pois, que buscar a orientação segura da Codificação Espírita. O capítulo XXVI
de O Livro dos Médiuns,
com o significativo título Perguntas
que se podem dirigir aos espíritos, é pródigo, repleto de orientações que
não devem ser esquecidas. Selecionamos alguns trechos (com adaptações e
transcrições parciais) e sugerimos aos que querem conhecer a prática espírita
que estudem o citado capítulo.
Perguntas
simpáticas ou antipáticas aos espíritos (item 288)
a) Os Espíritos sérios respondem sempre
com prazer às perguntas que têm por objetivo o bem os meios de vos fazer
avançar. Não atendem às questões fúteis;
b) As perguntas que são feitas com
objetivo de curiosidade e de prova são antipáticas aos espíritos que, então,
não as respondem e se afastam;
c) Os espíritos imperfeitos procuram
enganar, respondem tudo, sem se importarem com a verdade;
d) As pessoas que veem nas comunicações
espíritas uma distração e um passatempo, ou um meio de obter revelações sobre o
que lhes interessa, agradam muito aos espíritos inferiores que, como elas,
querem se divertir, e ficam contentes quando são mistificadas;
e) Os espíritos inferiores são
incapazes de compreenderem certas perguntas, o que não lhes impede de vos responder
bem ou mal, como ocorre entre vós;
Questões sobre o futuro (item 289)
f) A manifestação dos espíritos não é
um meio de adivinhação. Se queres absolutamente uma resposta, ela vos será dada
por um espírito travesso;
g) Todas as previsões que não têm um
objetivo útil geral deve-se desconfiar delas. As previsões pessoais, quase
sempre, podem ser consideradas apócrifas (falsas);
h) Os espíritos levianos não têm nenhum
escrúpulo em vos enganar (...) toda previsão circunstanciada deve vos ser
suspeita;
Questões sobre existências passadas
(item 290 – perg. 15)
i) Em geral, deveis considerar como
falsas, ou pelo menos suspeitas, todas as revelações dessa natureza (sobre o
passado) que não têm um eminentemente sério e útil.
Valiosas orientações (capítulo XXXI)
j) Repeli impiedosamente todos esses
Espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e
o isolamento (...). São quase sempre espíritos vaidosos e medíocres, que
procuram se impor aos homens (...);
k) Todas as vezes que um Espírito
indique, como remédio para os males da humanidade, ou como meio para atingir a
sua transformação, coisas utópicas e impraticáveis, medidas pueris e ridículas
(...) esse não pode ser senão um espírito ignorante e mentiroso;
Sobre os médiuns (capítulo XVI –
segunda parte, item 196)
l) Orgulhosos: os que se envaidecem das
comunicações que recebem;
m) Suscetíveis: melindram-se com as
críticas das quais suas comunicações podem ser objeto;
n) Ambiciosos: os que, sem pôr a preço
sua faculdade, esperam dela tirar quaisquer vantagens;
o) De má-fé: os que simulam as
faculdades que não têm para se darem importância;
p) Objetivo aqui foi estimular o estudo
na fonte segura da Codificação para evitar-se aborrecimentos, decepções,
fraudes. Considere-se, por outro lado, a seriedade do fenômeno mediúnico –
inclusive nas questões que podem ser dirigidas aos espíritos e nas orientações
deles recebidas pelos médiuns sérios e comprometidos com a genuína prática
espírita –, que produz frutos saudáveis de esclarecimento, conhecimento,
conforto e socorro a quem busca e a quem deseja ser útil. Por isso é de muita
utilidade buscar-se constantemente os capítulos de O Livro dos Médiuns (sugerimos consulta ao índice para
perceber-se a grandeza do conteúdo), para agir com segurança e discernir sobre
o que é correto ou o que se apresenta sob suspeita, nas informações recebidas
ou trazidas pela mediunidade. Por isso sugerimos ampla consulta aos capítulos
específicos da obra cujos títulos despertarão de imediato a atenção do leitor.