Marcante virtude
Orson Peter Carrara
A virtude da solidariedade fica em
clara evidência por ocasião do Natal. Muito natural, em face ao próprio clima
natalino que domina a sociedade e motiva ações em favor do próximo. Embora ela
esteja sempre presente nas ações humanas, muitas vezes de forma oculta ou
anônima, é no Natal que mais há movimentações nesse sentido.
É que ela, a solidariedade, é filha do amor ou da caridade. A caridade pensa antes nos outros e vai ao encontro das necessidades do próximo. Inspirada pela presença do Cristo no planeta e desenvolvida por vários de seus missionários que vieram ao planeta, ela se contagia nos corações humanos por ocasião do Natal. É que nos deixamos, todos, envolver pela doce lembrança do Mestre da Humanidade, que nos pede, sim, aliviar as agruras humanas onde pudermos. Isso inclui a comida, o remédio, o brinquedo, a roupa, mas também a gentileza, o afeto, a paciência, a tolerância...
Melhor que incorporássemos todas essas virtudes no cotidiano de cada dia. Muito mais que as luzes externas do Natal, que enfeitam as casas e criam os apelos comerciais, o Natal significa a lembrança da perene mensagem de amor. Muito mais que presentes e eventos de alimentação, que nossas atitudes reflitam as luzes interiores que vamos adquirindo com a noção do dever que temos de espalhar e viver o amor em suas várias manifestações, especialmente aquelas que atenuem, aliviem, o ambiente onde vivemos, com quem vivemos.
Sim, movimentemos ações solidárias, integremos equipes, apoiemos iniciativas. Aqui na cidade, com em tantas outras, em instituições, há decisões e planejamentos diversos para que não falte alimento, roupa, lazer e nem carinho para quem se sente sozinho ou aflito por razões que nem sempre alcançaremos.
A conhecida frase SEJA
SOLIDÁRIO PARA NÃO SER SOLITÁRIO é de grande expressão e devemos
pensar nela. Quando nos estendemos as mãos mutuamente, nos tornamos ligados por
laços indestrutíveis, onde se incluem a amizade, a gratidão e, claro, a
consciência do dever.
Nesse momento difícil e desafiador da humanidade, com o império das drogas, da
violência e da corrupção, ergamos a decisão de algo fazer, continuando a fazer,
para levar felicidade a quem se sente solitário e aflito. Que as músicas
comoventes do Natal nos sensibilizem para as ações no bem, da caridade, do
amor.
Crianças, idosos, homens e mulheres, não importa. Sempre haverá alguém em conflito, com dúvidas, com dificuldades. Sejamos nós aqueles que chegam com o sorriso, a compreensão, o estímulo. Para fazermos a vida melhor. Feliz Natal, leitor!
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