Nós abrimos portas para nossos próprios obsessores


 

Somos os agenciadores... – Orson Peter Carrara

 

Ou os contratantes, se preferirmos trocar a palavra. Tem razão o amigo, médium, dirigente e palestrante espírita Marco Maiuri, quando afirma: Somos nós mesmos os agenciadores de nossos obsessores. A comparação é muito boa...

Talvez o leitor se pergunte: Como assim?

Um contratante – talvez essa seja a melhor palavra – é alguém que contrata um serviço. No caso da presente abordagem, para si mesmo.

Obsessores – São os que agem assediando terceiros. O assunto obsessão é muito conhecido dos espíritas e referem-se à atuação de uns sobre outros, com pressões, chantagens, sugestões e influências nada boas. Obsessão é qualquer tipo de assédio continuado.

Então, considerando que nós mesmos é que abrimos nossas defesas contra a ação obsessiva, pelos comportamentos ou pensamentos que nos permitimos ou adotamos, somos nós mesmos os autores que agenciam as próprias companhias espirituais, na questão das más influências espirituais.

Sentimentos contrários à fraternidade, com teor agressivo ou vingativo, mas também os ciúmes e invejas, e mesmo a vaidade, a ambição desmedida, mas especialmente orgulho e egoísmo são como se fossem tomadas vivas para conectar-se com entidades que podem nos prejudicar com sua influência. Qualquer pretensão de sentir-se superior ou melhor que outras pessoas, com os desdobramentos próprios bem conhecidos, já caracteriza obsessão. E esta, em seus extremos, gera fanatismo e ridículos e toda espécie.

E como nosso comportamento moral ainda deixa muito a desejar, como seres humanos falíveis, somos nós mesmos que permitimos a aproximação de espíritos em desequilíbrio ou vingativos, movidos por interesses variados, e que se valem do wi-fi que oferecemos pela conduta adotada.

Vale dizer também que o outro lado também funciona nessa direção. Bons sentimentos, ausência de malícia ou de vãs pretensões, renúncia à vaidade e ao orgulho, ao egoísmo, e especialmente a prática do bem atrai os bons espíritos, que boa influência exercem, ajudando-nos, dando-nos coragem e força, protegendo-nos e trazendo boas sugestões.

Qual estamos escolhendo?


Nota do blog:


Após a veiculação da matéria, recebemos muitas manifestações carinhosas de gratidão.

Uma reflexão, todavia, de máxima importância, achamos muito oportuna aqui incluir:


Penso também que independente de sermos bons, caridosos ou maus, não deixaremos de receber as influencias de nossos irmãos.  Na realidade, se Deus afastar de nós todos os "obsessores" entraremos num processo de paralisia ou coagulação de nossos sentimentos. Por isso, Deus permite os "obsessores" para provarmos nossa capacidade de amar o próximo. Na realidade, na condição em que nos encontramos, os "obsessores" não passam de professores e nesse sentido deveríamos agradecer pela presença dele, sem esquecermos que também nós agimos, em muitas ocasiões, como "obsessores". Entretanto a decisão de acolher ou não as ideias e sugestão dos outros, depende de nosso livre arbítrio.

Reflexão enviada por Eurípedes Cunha, de Belo Horizonte (MG)

 

 


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